sexta-feira, 19 de setembro de 2008

bibliografia?

difícil recomendar uma bibliografia para as últimas aulas...
recomendo que frequentem a biblioteca do MAC/USP do MAM no ibirapuera e do Senac Lapa (na rua scipião).
fora isso pesquisem na internet, olhem sites de museus internacionais, galerias, fundações...
ai vão alguns para ajudar:
www.photonet.org.uk
www.paris-art.com/photo
www.tate.org.uk/modern
www.centrepompidou.fr
www.ensp-arles.com
www.rencontres-arles.com
http://fotosite.terra.com.br

enfim, vou pensar mais sites e vou escrevendo.
tchau!

+tragam fotos!!!

fotógrafos aula 6 (fotografia intimista)

anos 80:
larry clark
nan goldin

anos 90:
richard billingham
juergen teller
wolfgang tillmans
ryan mcginley

citados:
sophie calle
manfred willmann

fotógrafos aula 5

fotógrafos que trabalham a ficção e/ou a mise-en scène:

barbara kruger
cindy sherman
phillip di corcia
gregory crewdson
jeff wall
rineke dijkstra

fotógrafos da nova objetividade:
bern and hilla becher

alunos da escola de dusseldorf:
candida hoffer
andreas gursky
jorg sasse
thomas ruff
thomas struth

fotógrafos americanos da new topographics:
lewis baltz
stephen shore
robert adams

movimento artistico citado:
minimalismo
artistas representantes do movimento:
carl andre
sol lewitt
donald judd

conceitos abordados em aula:
modernismo
pós modernismo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

aula 4/9

olá!
o site do william eggleston para quem não conseguiu pegar:
www.egglestontrust.com

falamos dos fotográfos:
stephen shore
jacod holdt
lewis baltz
robert adams

e dos artistas:
andy warhol
roy lichtenstein
jasper johns

da pop art e do dye transfer

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Susan Sontag

Susan Sontag (16 de janeiro de 1933, Nova Iorque – 28 de dezembro de 2004) foi uma famosa escritora, crítica de arte e ativista estado-unidense.
Graduou-se em Harvard e destacou-se por sua defesa dos direitos humanos. Publicou vários livros, entre eles, A vontade radical, Assim vivemos agora, O Benfeitor, Contra a Interpretação e Na América, pelo qual recebeu em 2000 um dos mais importantes prémios do seu país, o National Book Award. Publicou artigos em revistas como The New Yorker e The New York Review of Books e no jornal The New York Times. Num de seus últimos artigos, publicado em maio de 2004 no jornal The New York Times, Sontag afirmou que "a história recordará a Guerra do Iraque pelas fotografias e vídeos das torturas cometidas pelos soldados americanos na prisão de Abu Ghraib".

Site: http://www.susansontag.com/

Walker Evans

Walker Evans (3 de Novembro de 1903, Saint Louis, EUA - New Haven, EUA, 10 de Abril de 1975) foi um fotógrafo estado-unidense.
Walker Evans, que originalmente queria ser escritor descobriu a sua paixão pela fotografia durante os anos 20. Os seus primeiros trabalhos exibiam já a sua visão objectiva e extremamente atenta ao pormenor.
Em 1935 entrou ao serviço da F.S.A. (Farm Security Administration), um organismo federal criado por Roosevelt para dar solução à crise agrícola dos Estados Unidos da América durante o período da Grande Depressão. Usando a fotografia como prova da miséria em que viviam os agricultores americanos, Evans registava essa miséria com precisão objectiva, dignificando, apesar de tudo, a pobreza em que estes agricultores viviam. Em 1938, depois de concluir o seu trabalho para a F.S.A., o Museum Of Modern Art de Nova York honrou a obra de Evans com uma exposição, a primeira dedicada por este museu a esta profissão.
Evans é conhecido por duas séries de fotografias: uma delas é o levantamento documental da comunidade agrícola norte americana e a outra está documentada no livro Let´s now praise famous man. Estes dois trabalhos são considerados os expoentes máximos da fotografia documental. Área em que W. Evans é considerado como uma das figuras maiores.

Garry Winogrand

Garry Winogrand fotógrafo americano nascido em Nova York no ano de 1928. Aos 19 anos já se encontrava estudando pintura e fotografia na Universidade de Columbia de sua cidade natal e em 1951 assistiu a exposições de fotoperiodismo de Alex Brodovitch na New School for Social Research e ficou impressionado pelo que era possível fazer com a fotografia. Anteriormente havia feito fotografias no período em que estava na força aérea de seu país entre os anos 1946 e 1947. Desde 1952 trabalhou como repórter da agência fotográfica Pix e Brackman Associados, publicando seu trabalho até 1969 em várias revistas como Colliers e Sports Illustrated, entre outras.
Recebeu influências de Walker Evans antes de iniciar uma viagem pelos Estados Unidos, financiado pela Guggenheim entre 1964 e 1965. Quatro anos mais tarde recebeu outra ajuda da Guggenheim, trabalhando em uma série sobre a influência que têm os meios nos acontecimentos diários, mostrando suas fotografias em 1977 no MOMA.
Seu ponto de vista estético, sua maneira de enquadrar – em ocasiões fazia sem mirar pelo visor - sua utilização do formato 24x35, o uso da grande angular, lhe colocaram entre um dos fotógrafos modernos mais radicais de sua geração. Foi um pioneiro e é considerado junto com Robert Frank e William Klein, um dos três fotógrafos seminais do pós-guerra. Garry Winogrand

Site: http://oseculoprodigioso.blogspot.com/2007/04/winogrand-garry-fotografia.html

Diane Arbus

Ninguém passa impunemente diante de uma fotografia feita por Diane Arbus. A imagem desconcerta o nosso olhar e permanecemos capturados pela estranha sensação que ela provoca. Suas fotos tocam no fundo da alma deixando na memória um traço, marcado como um arranhão.
Nas décadas de cinquenta e sessenta, Diane Arbus, munida de uma Rolleiflex, mudou os rumos da fotografia ao buscar nas pessoas comuns das ruas de Nova York os seus modelos.
Apesar de pertencer a uma família da alta burguesia e de ser fotógrafa de moda, Arbus optou por fazer de sua arte fotos despojadas de qualquer glamour. Os retratos são sempre em preto e branco. Percebe-se que seus modelos posam extáticos para ela, o olhar fixo na câmera. O que vê-se são pessoas cruamente expostas em sua precária condição humana, fortemente marcadas por um traço, ou vários, que as insere num grupo específico, uma comunidade ou o que hoje modernamente chamamos de uma “tribo”: imigrantes, travestis, velhos, nudistas, mascarados, atores, “freeks”, etc. Com isso Arbus abre um curioso diálogo entre aparencia e identidade, ilusão e crença, teatro e realidade. Uma pessoa é o que ela parece ser? Sua imagem funciona como um carimbo de identidade? Ou existe um “para além” da forma ? Apesar de profundamente inseridos num contexto social, para Arbus seus modelos são pessoas únicas que representam metáforas delas mesmas. Procuram, ao acentuar um aspecto físico, um detalhe qualquer na roupa, a diferenciação possível dentro do grupo a que pertencem. Numa tradução livre de suas palavras ela diz que seus modelos “inventados por suas próprias crenças são autores e heróis de um sonho que se faz real na medida em que nós, espectadores, nos permitimos deixar abismar” . Com seus retratos, ao evocar a cumplicidade de quem olha, Arbus permite que surja nesta relação tridimensional (artista, modelo e espectador) o espaço da criação. Seria este o “mais além” ? O lugar da fantasia de cada um? Susan Sontag, no prefácio do livro Women (Ed. Random House, New York) de Annie Leibovitz, propõe uma questão interessante: “A fotografia não é uma opinião. Ou é?” Para Arbus um retrato é “um segredo sobre um segredo”. Quanto mais ele revela, menos sabemos, mais ficamos intrigados. Num certo sentido o retrato convida a uma opinião, pede uma reação, reação esta calcada nas representações que brotam do imaginário de quem olha.
Diane Arbus gostava de fotografar casamentos e outros rituais que para ela representam momentos marcantes de emoção compartilhada. Procurava mostrar que o contágio de sentimentos, o caráter repetitivo dos rituais inserem as pessoas nas suas comunidades dando sentido à vida, tecendo a identidade de cada um pela identificação com o outro. Ao exprimir o retorno do mesmo, o ritual parece querer “driblar” a morte. Se pensarmos que a fotografia congela um instante no tempo, Arbus imortalizou seus modelos, imortalizou Nova York como o território livre que abriga todo tipo de gente.
A sensação de estranhamento diante das fotografias de Diane Arbus remetem a um artigo escrito por Freud em 1919 “Das Umheimliche” , cujo título original foi traduzido como “O Estranho” , que pode ser também o inquietante, o macabro. A palavra alemã “umheimliche” curiosamente traz uma ambiguidade que oscila entre num extremo o “familiar” e no outro o “desconhecido” . Então tudo que para nós é estranho é ao mesmo tempo familiar. Duas faces da mesma moeda. Nossa inquietação diante do estranho só é possível porque ele nos leva de encontro a um familiar que ficou esquecido, dormindo calado no inconsciente. Não raro diante de uma fotografia de Arbus surge o primeiro impulso de afastar o olhar, desconcertados “não queremos ver” para em seguida, querermos “ver” no sentido pleno de “olhar” (sentir o que se passa no nosso interior).
Diane Nemerov nasceu em Nova York no dia 14 de março de 1923. Aos quatorze anos conheceu Allan Arbus com quem se casaria quatro anos depois. Foi com ele que Diane aprendeu a fotografar. Em 1959 foi procurar seu próprio caminho. Nesta altura já começou a se interessar por fotografar os freeks que ela adorava e pelos quais afirmava sentir ao mesmo tempo fascinação e vergonha: “como um personagem de um conto de fadas o freek aparece para nos obrigar a decifrar um puzzle”. E ela continua dizendo que “a maioria das pessoas passam a vida temendo uma experiencia traumática. Os freeks nasceram banhados pelo trauma. Com isso passaram no teste da vida. São aristocratas”.
Em 1963 Diane Arbus ganhou uma bolsa da Fundação Guggenheim e no ano seguinte teve sua primeira exposição no Museu de Arte Moderna. Depois ela se dedica a ensinar fotografia na Parsons School of Design em Nova York e no Hampshire College em Amherst, Massachusetts.
No fim dos anos sessenta Arbus entrou nos asilos e hospitais e fez dos velhos, doentes e anormais seus modelos. Nos retratos “untitled” vê-se todo tipo de tragédia humana que nos chocam enquanto seduzem o mórbido que habita em cada ser humano. É desta época os perturbadores retratos com máscaras grotescas.
Se como afirma outra fotógrafa famosa, Dorothea Lange “cada retrato de outra pessoa é um auto-retrato” as fotos de Diane Arbus são o seu duplo, o reflexo de uma alma atormentada à beira do horror.
Em julho de 1971, a fotógrafa se suicidou ingerindo barbitúricos e cortando os pulsos.
Em 1972 a Bienal de Veneza consagrou a artista expondo seus trabalhos.

Site: http://oseculoprodigioso.blogspot.com/2007/03/arbus-diane-fotografia.html

Ansel Adams

Ansel Adams, fotógrafo estadunidense, nasceu em São Francisco no ano de 1902, filho de Charles Hitchcook Adams, um homem de negócios e Olive Bray. Aos doze anos mostra um grande talento musical, aprendendo sozinho a tocar piano. Em 1916 realiza fotografias no Parque Nacional de Yosemite, numa viagem com a família, usando uma Kodak Nº 1 Box Brownie que ganhou de presente dos pais. Adams voltaria todo ano para lá até o final de sua vida, suas fotografias mais conhecidas são as desse parque, principalmente as do grande monólito.

Dados biográficos

No ano de 1919 entra para o Sierra Club, o que foi essencial para o seu sucesso enquanto fotógrafo. Suas primeiras fotografias foram publicadas no ano de 1922, no boletim do clube, e teve sua primeira exposição individual na sede do Sierra Club no ano de 1928, em São Francisco. A cada verão o Sierra Club promovia viagens, geralmente para Sierra Nevada, que atraíam mais de duas centenas de membros. As fotografias dessas viagens, na década de 20 permitiram que Adams ganhasse o bastante para sobreviver. Em 1934 Adams foi eleito para a diretoria do clube e foi reconhecido como o artista de Sierra Nevada e defensor do Yosemite. Obteve muito mais reconhecimento como fotógrafo do que como pianista
O ano de 1926 foi importante na carreira de Adams. Ele tirou uma fotografia no parque Yosemite, conhecida como Monolith, a Face of Half Dome, na sua primeira grande viagem. Essa imagem constitui uma espécie de marco inicial do reconhecimento do trabalho fotográfico de Adams.
Ele foi influenciado por Albert M. Bender, um rico mecenas de São Francisco. A amizade de Bender o encorajou e possibilitou uma segurança financeira para que Adams mudasse drasticamente a sua vida e permitiu a publicação do seu primeiro portfólio, Parmelian Prints of the High Sierras. Bender fez com que o pianista que tocava por jornada se tornasse um artista cujas fotografias, como o crítico Abigail Foerstner escreveu no Chicago Tribune (03/12/1992), "fez para os parques nacionais algumas coisas comparáveis somente com o que os épicos de Homero fizeram de Odisseu". Embora a transição de Adams de músico para fotógrafo não tenha acontecido imediatamente, sua paixão mudou rapidamente após Bender entrar na sua vida e seus projetos e possibilidades foram multiplicados.
Em 1930 Ansel Adams conhece o fotógrafo Paul Strand, cujas imagens lhe provocaram um poderoso impacto e o ajudaram a sair do estilo pictorial. Adams começou a buscar um estilo fotográfico em que a claridade das lentes era enfatizada, e a cópia final ficava sem a aparência do início, pois era manipulada na câmera ou na câmara escura.
O ano de 1932 também é muito importante para Ansel Adams e para a história da fotografia. Indo em busca de uma fotografia enquanto arte pura, um grupo de fotógrafos funda o Grupo f/64. Juntamente com Ansel Adams, participaram da fundação: Edward Weston, Willard Van Dyke, Imogen Cunningham, e outros para promover uma “fotografia reta”. Enfatizavam uma fotografia pura, imagens nítidas, máxima profundidade de campo, papéis fotográficos com baixo brilho, concentrando-se unicamente nas qualidades do processo fotográfico. A concepção de fotografia do f/64 influenciou muito a carreira de Ansel Adams no seu entendimento da técnica fotográfica, foi importante para concretizar a fotografia enquanto arte pura.
Um trecho do manifesto do grupo f/64 nos ajuda a compreender um pouco da obra fotográfica de Adams:
"O nome deste grupo deriva de um número do diafragma das lentes fotográficas. Isso significa um largo alcance de qualidades da claridade e definição da imagem fotográfica que é um importante elemento no trabalho dos membros deste grupo."

Técnica

Ansel Adams foi um fotógrafo eminentemente técnico. Suas fotografias são todas produzidas com esmero, dotado de um cuidado extremo com os detalhes mais ínfimos, nenhum elemento parece poder escapar do controle. Esse controle começa no conhecimento detalhado das possibilidades de uso da câmera, e quanto menos automática ela for, quanto mais controles manuais ela possuir melhor para o fotógrafo, pois assim será capaz de realizar o controle criativo imagem. Daí a preferência de Ansel Adams por máquinas de grande formato, suas fotos em 35 mm são poucas e não tão famosas. As câmeras de grande formato permitem um controle extremamente amplo das possibilidades de produção da fotografia, e parecem se adaptar muito bem ao estilo de fotografia que Adams tem, que é a preferência por fotografias de paisagens.
Um equipamento desta ordem dificilmente permitiria, por exemplo, uma produção fotográfica parecida com a de Henri Cartier-Bresson ou Robert Capa, isso porque as máquinas de grande formato exigem tripés e um posicionamento cuidadoso da máquina. Adams toca nessa questão quando no seu livro A Câmera faz comentários sobre o equipamento ideal: "prefiro mostrar a natureza de diferentes modelos de câmeras e seus recursos, esperando que o fotógrafo possa levar essas discussões em consideração no contexto de suas intenções e de seu próprio estilo".
Mas devemos lembrar que a câmera é apenas uma parte do processo fotográfico que Adams dividiu e detalhou com rigor na sua série de três livros: A Câmera, O Negativo, A Cópia. Nesta série de livros, Adams mostrou o seu rigor técnico na produção fotográfica. Processo esse que começa com a escolha da máquina correta, com seus ajustes precisos em função daquilo que o fotográfico visualizou, aprender a operar o equipamento de forma que ele reproduza no negativo aquilo que o fotógrafo apreendeu na visualização, não necessariamente uma representação fiel da realidade. É na reprodução da visualização que o fotógrafo tem que possuir o conhecimento técnico capaz de dotá-lo de certa magia: produzir imagens espetaculares a partir do seu olhar, do seu espírito. A técnica assim, entra como um instrumento que flexibiliza o olhar permite que o artista veja mais além, produza as imagens que sua mente visualiza a partir de uma cena.
Todo esse processo passa por um controle preciso das variáveis, às vezes Adams parece ser muito mais um cientista falando do que um artista, quando discute os tempos de exposição, o uso dos químicos, a sensibilidade do fotógrafo em produzir os contrastes e tons ideais na cópia. Os meios técnicos assim, não são parte essencial da fotografia, ela não é somente técnica, esta deve estar a serviço da sensibilidade e criatividade do fotógrafo.
Para Adams não existe processo fixo ou ideal de fotografia, todos os elementos são variáveis e controláveis. Assim, nem as especificações técnicas do fabricante devem ser consideradas como condições ótimas, são no fundo possibilidades médias. Adams nos diz inclusive que devemos fugir de qualquer tipo de automação e esse conceito é extremamente amplo: automação para ele enquadra não só mecanismos automáticos, mas também a aceitação passiva das regras, das normas dos fabricantes, das bulas dos papéis e dos filmes. Esse dados são dados médios, e se as nossas exigências estiverem acima da média temos que ultrapassar os limites, fazermos experimentações e verificarmos quais os procedimentos irão se adequar às nossas exigências criativas e estéticas.
No fundo podemos considerar que o estilo não deve ser um dependente da técnica, o estilo é que deve moldar os procedimentos e adequá-los à criatividade do fotógrafo. Os processos de produção da imagem fotográfica são extremamente amplos, não há verdades absolutas nem paradigmas, tudo depende do olhar, da visualização e da nossa capacidade de manipular os procedimentos em prol das nossas exigências.

A arte da fotografia

E aqui podemos trazer à tona algumas idéias de Vilém Flusser relacionando-as com as imagens produzidas por Adams: a fotografia enquanto arte e por isso, expressão da criatividade, não é um mero processo de input e output. Amadores que tiram retratos com máquinas automáticas, que entregam bobinas de filmes à Fotópticas para buscarem as fotos prontas, ou quando produzem uma imagem digital, dificilmente estarão produzindo arte, no máximo brincam com um aparelho e tornam-se escravos do olhar da máquina, vêem apenas aquilo que a máquina vê, acreditam nas especificações dos fabricantes, a criatividade está ofuscada pela automaticidade do aparelho. Produzem imagens, mas não as compreendem enquanto processo completo, mas enquanto ato automático, até neurótico de apertar o botão.
Fotografia enquanto arte exige que se conheça a técnica, mas ao mesmo tempo é necessário dela não ser escravo, não correr o risco de anular a expressão imagética pela perfeição técnica. Tanto o fotógrafo profissional quanto o amador podem produzir imagens maravilhosas, a diferença é que um agiu criativamente, o outro agiu e viu o mundo por um aparelho, sua ação criativa está anulada pela máquina, que deveria estar a serviço do homem.
A série de livro de Adams é uma ferramenta valiosa para todos aqueles que se interessam pela fotografia enquanto processo criativo. Ele chega a desenvolver uma teórica fotográfica, o sistema de zonas para facilitar as possibilidades de controle criativo da fotografia. Mas ele mesmo diz que está sugerindo processos que desenvolveu ao longo de sua vida, antes de tudo propõe formas de se trabalhar e não uma cartilha para ser seguida: “Existe gente demais fazendo somente o que lhes disseram para fazer. A maior satisfação que podemos obter da fotografia está na realização de nosso potencial individual, na percepção única de algo e em sua expressão por meio da compreensão dos instrumentos. Tire proveito de tudo: não se deixe dominar por nada, a não ser por suas próprias convicções. Jamais perca de vista a importância essencial do orifício. Qualquer esforço humano que valha a pena depende de muita concentração e grande domínio dos instrumentos básicos.”
Podemos perguntar até que ponto Adams conseguiu usar a técnica enquanto método criativo ou tornou-se um escravo do seu preciosismo técnico. Penso que Adams desenvolveu muito os procedimentos e controles para permitir um maior controle criativo para os fotógrafos que trabalham com P&B e que seus livros são um verdadeiro discurso para a libertação de paradigmas artísticos na fotografia. Porém quando ele produz as suas próprias fotografias, a técnica se sobressai, ela parece pular da fotografia para nos atingir.
Muitas vezes, temos imagens tecnicamente perfeitas, um contraste harmônico, uma qualidade de tons, mas não passa disso, as fotos parecem muitas vezes perder a expressão tornam-se demasiadamente artificiais. A obsessão técnica de Adams o prendeu em uma espécie de jaula, seu discurso enquanto grande difusor da técnica fotográfica em obras mundialmente conhecidas destoa de sua obra. Ele se prendeu à técnica, mesmo quando foi para produzir retratos, não conseguimos ver um olhar fotográfico que captasse a expressão do referente, vemos antes, o seu enquadramento em relação ao céu, a textura da pele, etc.
Adams parece possuir um olhar “duro”, “ríspido”, uma sensibilidade deturpada pela ânsia da perfeição. Mas isso não tira o seu mérito enquanto grande fotógrafo do século XX, ele conseguiu definir para si um estilo muito claro e se preocupou em ensinar boa parte dos procedimentos que aprendeu ou descobriu. Adams deve ser considerado um exemplo de dedicação.

Site: http://www.anseladams.com/

Alfred Stieglitz

Fotógrafo americano nascido em Hoboken, Nova Jersey, pioneiro no uso profissional de pequenas câmaras portáteis e o primeiro fotógrafo a ter suas obras no acervo de importantes museus de Boston, Nova York e Washington. Filho mais velho de um comerciante de tecidos, estudou em Nova York até que a família mudou-se para a Europa. Começou a estudar engenharia na Politécnica de Berlim (1883), mas meses depois abandonou o curso para dedicar-se à fotografia. Ainda estudante, iniciou sua luta pelo reconhecimento da fotografia como arte criativa comparável à pintura. Seus trabalhos realizados (1883-1910) na Europa e nos Estados Unidos, onde voltou a viver (1890), mostram inovações técnicas que na época eram tidas como impraticáveis. Antes da virada do século, já fazia fotos na neve, na chuva e à noite. Também dedicou-se à divulgação da pintura moderna nos Estados Unidos. Organizou as primeiras mostras de Rodin (1908), Matisse, Toulouse-Lautrec, Cézanne e Picasso. Promoveu ainda jovens pintores americanos, entre os quais Georgia O'Keeffe, com quem se casou (1924). Criou, editou e publicou a revista Camera Work (1903-1917), que, entre outras conquistas, conseguiu quebrar a resistência à exposição de fotografias nos museus de arte americanos, e morreu em 13 de julho (1946), em Nova York.

Edward Weston

Edward Weston (Highland Park, Illinois, 24 de março de 1886 — Widcat Hill, 1 de janeiro de 1958) foi um dos fotógrafos estadunidenses mais importantes do século XX.
Aos 16 anos ganhou sua primeira máquina fotográfica e fez suas primeiras fotos, demonstrando um grande talento em sua infante prática no campo da fotografia artística. Com 20 anos já havia publicado seus trabalhos.
Em 1922, Weston fotografou seu filho Neil nu. Apesar de não ser exatamente um trabalho do estúdio, a imagem foi aceita como uma clássica escultura em fotografia.
Viajou ao México em 1923, acompanhado de sua companheira Tina Modotti, quando esta ficou viúva, e de um dos seus quatro filhos, Chandler, e lá permaneceram por três anos. Com a ajuda de Modotti, realizou um trabalho fotográfico de mais de 200 obras para o livro Ídolos por trás dos altares, de Anita Brenner.
Em 1926 voltou para a Califórnia. Esse período de 1296 a 1930 significou para Weston um dos mais significantes de sua carreira, realizando seus trabalhos mais representativos.
Visitou o Deserto de Mojave em 1928, onde se deparou pela primeira vez com a paisagem. O deserto o impressionou, e como resultado, abriu portas para novos caminhos criativos.
A partir de 1929, iniciou sua célebre série de arte abstrata. Realizou sua primeira exposição individual em Nova Iorque no ano de 1930. Dois anos depois, publicou seu primeiro livros de fotografias, The Art of Edward Weston (A arte de Edward Weston).
Em 1935 se estabeleceu em Santa Mônica, onde encontrou lugares de grande inspiração, como nas dunas da Baía de Oceano. Nos últimos anos de sua vida, sua obra se fez mais sutil e diversa, porém, sem a força dos trabalhos anteriores. Em 1946 se divorciou de sua segunda esposa, Charis, e lhe apareceram os primeiros sintomas da síndrome de Parkinson.
Em 1947 teve seu primeiro contato com a fotografia em cores, mas não sem certas reticências.

Site: http://www.edward-weston.com/

Cindy Sherman

Cindy Sherman nasceu em 1954, em Glen Ridge, New Jersey, e vive em New York. No início da sua arte, abordava estilisticamente a estética dos filmes americanos dos anos 50. Depois desta fase, voltou-se para a fotografia a cores e, aqui, quebrou os moldes usuais da fotografia tradicional. Produziu os seus Retratos de História, dos quais se apresentam alguns exemplos. Mais recentemente, tem criado uma série de fotografias de moda em que combina, de forma verdadeiramente grotesca, a moda com modelos estranhos e ridículos. O resultado transforma a ideia da fotografia de moda - apresentar roupas de formas atractivas com mulheres estereotipadas. Cindy Sherman nasceu em Glen Ridge (NI (EUA) em 1954.

http://oseculoprodigioso.blogspot.com/2005/09/sherman-cindy-fotografia.html

BIBLIOGRAFIA AULA 3

Walker Evans
Lee Friedlander
Garry Winogrand
Diane Arbus
Ansel Adams
Alfred Stieglitz
Edward Weston
Cindy Sherman

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Homenagem a Henri Cartier-Bresson

Pessoal, achei o documentário que a Beatriz tinha comentado na Globo News sobre o Henri Cartier-Bresson
Acessem o link aí...
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM874420-7823-HOMENAGEM+A+HENRI+CARTIERBRESSON,00.html